quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu Matei Matheus Mota

É.... eu fui criado há uns 3 anos, por um garoto mineiro, que por sinal me deu seus mesmos nome e sobrenomes, ele era um menino tão tolo e tão...
Ah.... ele era muito quietinho, na dele e não reclamava de coisa alguma, e nem ao menos discordava da opinião das pessoas!

Já eu, vivia com ele, mas do meu jeito, sempre extrovertido e bastante revoltado, principalmente com a forma que ele levava a vida. Às vezes eu até influenciava-o em algumas 'merdas' que fazia, mas sempre que chegava em casa era a mesma coisa, o pai dele brigava com ele, e era o mesmo sermão, o mesmo monólogo sempre!
E o Matheus, tolo tal como era, abaixava a cabeça e ia para o seu quarto lamentar o que fizera. Eu não me suportava em ver aquilo, como ele podia ser tão bobo e não fazer nada a respeito daquilo?

Então o tempo foi passando, eu levei-o a reprovar... E ele? Hahaha.... Chegava em casa em casa e.... Sim, sempre a mesma coisa! Era um coitadinho perante a família.

O tempo passou mais, e não fui suportando ver tudo aquilo.... Até que, há uns 8 meses, tirei todo o sofrimento dele e da melhor forma que pode-se existir.... Sim! Eu tirei a vida dele, a vida que ele ao menos tinha, mas para mim foi relaxante! Muito Relaxante! Vi Todo aquele sangue jorrando em um ritmo bem compassado, tal como as batidas de um bumbo em um grande Show de Rock 'n Roll!
Aquela foi a primeira vez.... E talvez não seja a ultima!
Ai como aquilo me aliviava, saber que aquele moleque tolo jamais ia existir.... E vocês me perguntam:

 "O que fazer depois?"

Mas eu, meus caros, não sou como ele, sou bastante calculista, e já tinha todo o processo em minha mente. Matei-o (Já disse o quanto foi bom?) e então joguei em um caminhão qualquer, para que ninguém jamais tivesse a oportunidade de trazê-lo de volta! E decidi, já que  éramos homônimos e iguai, viver a vida dele. Só que desta vez.... DO MEU JEITO

Eu vivo a vida dele como eu queria que ele vivesse. O pai dele pedia que ele o questionasse!.... Ah! Eu faço isso, e em dobro! Tenho o prazer de me confrontar com ele! Quero deixá-lo tão mal quanto ele fazia com o filho dele! Ele não merecia ser tratado daquela forma.
Além de que tem outra coisa.... EU VIVO A VIDA, a qual ele não conseguia viver... por ser tão... TOLO!

Então vocês me perguntam se eu sofro, não é? Eu digo à vocês que sofro sim! Mas a satisfação  emocional por me sentir vingado por ele é MUITO MAIOR!
Ele talvez esteja hoje em um lugar melhor, ou, como acredito eu, ele pode ter se tornado apenas pó e lembranças de uma vida não vivida! Mas eu sei que ele sonhava em fazer o que faço por ele!

Sou Matheus Mota e tenho apenas 3anos desde minha criação, estou há 8meses nesta vida de alguém que nasceu há mais de 18 anos!

Eu sim, serei o VERDADEIRO MATHEUS MOTA!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O que era mesmo que eu ia escrever aqui?

Digamos que uma visão introspectiva:

Sei que é normal esquecer de certas coisas
Sei também que existem várias formas disse ser combatido

Mas comigo acontecem coisas que são 'inintendíveis' em minha concepção e na concepção do pessoal daqui de casa.
É normal que as pessoas esqueçam datas, esqueçam o que lhe falaram enquanto estava entretido com outra coisa, entre outras coisas.
Mas sinto-me em um caso completamente diferente...
Em relação às datas... Eu me lembro de grande parte delas, mas no dia em que a data está acontecendo.... é com se tudo sobre aquele dia fugisse da minha memória.... é um tanto estranho!
Já quando me falam alguma coisa, mesmo que eu esteja prestando atenção, logo em seguida me pergunto:

"O que foi mesmo que ele(a) tinha me falado?".

Isso tem me perturbado constantemente.... É freqüente acontecer de eu estar indo fazer alguma coisa, ou escrever, ou baixar algum album, alguma banda e deparo-me diante da PERTINENTE pergunta:

"O que eu estou fazendo aqui?" ou "O que é que eu vim fazer aqui mesmo?"

Eu me lembro que estou ali pra procurar ou fazer algo, mas rapidamente tudo isso me foge à memória.
Na verdade, sei que comecei a escrever tudo isso com o intuito de dirigir o post à outro caminho... Mas esqueci o que tinha de escrever, e, então, decidi escrever o que vem à mente.

Já tentei muitas formas de melhorar isso, nenhuma foi bem sucedida, então, acho que já está passando da hora de procurar algum(s) especialista(s).
Porque isso já está começando começando a interferir na minha vida... Seja no trabalho, nos estudos e até mesmo nas minhas relações inter-pessoais... e o pior.... minha relação intra-pessoal também está bastante afetada... Não estou conhecendo a mim mesmo!

Eu só quero uma vida normal, uma cida de sonhos, de fantasias (que falarei sobre isso em algum outro post), quero traçar um rumo, um caminho, e seguir sem ter o medo de perder o foco, e me embaraçar nas minhas contradições!

Como me tornei um louco!?

"Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:

Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”.

Homem e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.

E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!”. Olhei para cima, para vê-lo.


O sol beijou pela primeira vez minha face nua.

Pela primeira vez o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E como num transe gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”


E assim me tornei louco.


E encontrei tanto liberdade quanto segurança em minha loucura: liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.[...]"


Gibran Khalil Gibran